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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

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E aí eu te ligava. Você atendia e a gente marcava um encontro. Eu te buscava de manhã e íamos fazer um pique-nique no parque. Ficávamos lá feito duas crianças, observando elas correndo e rindo de qualquer coisa. Passava a manhã e chegava a tarde. Pra que adiantar o fim? Te convido pra tomar um sorvete e a gente senta no cais, fica observando o mar. Você se lambuza inteira de sorvete e eu só rio. E acaba que a gente faz uma guerra, e fica todo mundo sujo. Te chamo pra ir na minha casa, se limpar. No caminho, todos olhavam pra gente, deviam imaginar que éramos loucos, talvez. E a gente só ria. Você invade meu banho e meu show do chuveiro agora tem presença especial. A gente faz um dueto de I Wouldn’t Mind e começa a rir. Sai a tarde e cai a noite. Eu te convido pra jantar e tu aceitas. Nós ficamos observando o jeito com que as pessoas se preocupavam com o que as pessoas viam e como tentavam preservar a imagem pra pessoas que nunca veriam de novo. Começa a chuva e a gente sai de lá correndo e rindo. Eu te puxo pela cintura e te dou um beijo. Te convido pra minha casa de novo, era a mais perto. E a gente chega. Encharcados da chuva, sorrindo feito bobos. Eu te empresto um moletom meu e você deixa as roupas secarem. Eu coloco um filme e vou pra cama. E você vem junto. Nós assistimos o filme abraçados, e quando acaba…Nos escondemos embaixo dos cobertores. Afinal, é perigoso ficar exposto. Tem muitos monstros de noite por aí, querendo sugar a alma de casais felizes. Você pega uma lanterna e ficamos lá…A noite inteira, trocando segredos com a lanterna ligada. (…) — Peter Klein

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