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quinta-feira, 22 de setembro de 2011



 “Quando eu era pequena, achava que distância mesmo era aquela situação chata de que os shampoo’s e condicionadores ficassem em um lugar alto demais para que eu pudesse alcançar enquanto tomava banho. Achava também que era aquela distância que me permitia balançar os pés enquanto estava sentada no vaso sanitário. Nas piores das situações, distância ruim mesmo era minha mãe trabalhar tão longe de casa. Mas aí eu cresci e descobri o verdadeiro significado dessa palavra e como ela pode ferir. Agora eu alcanço o condicionador e também firmo os pés no chão ao usar o vaso sanitário… Se eu quiser, eu corro, pego um táxi ou um ônibus e encontro minha mãe lá. Mas.. e você? E você que tá tão longe, há quilômetros de distância. Há horas longe de mim. Eu não posso pegar um táxi pra ir te ver, eu não posso correr até você. Não dá… Não dá para segurar na tua mão e nem olhar nos seus olhos. E o coração fica assim, espremidinho por conta dessa saudade de alguém que eu nunca vi. Como é que a gente gosta tanto de alguém que tá tão longe? Sei não. Só sei que essa tortura tem que acabar. Um dia, juro pra mim mesma, que um dia eu ainda olho pra trás e junto com as lembranças do shampoo, dos pezinhos, do vaso sanitário e da mamãe no trabalho, eu falo: “que bobagem”, sorrindo e segurando tua mão. (copodeleite)

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