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quinta-feira, 22 de setembro de 2011


- Oi…
- Quem é você?
- Você já me esqueceu?
- Esqueço fácil as pessoas.
- Você dizia que eu era importante.
- E você deve ter brincado com meu coração.
- Como deduz algo tão absurdo?
- Só esqueço quando saem da minha vida, e se você saiu, você brincou com ele.
- Sorte sua.
- Sorte?
- É, esquecer as pessoas tão fácil assim.
- Ah sim, sorte… Acho que não. Aprendi a lidar.
- Mesmo assim.
- Já se passaram sete anos, o tempo ajudou.
- Mas você disse que não lembrava…
- Mas eu lembro. Você foi a única pessoa que eu não esqueci.
- Ah…
- Não fui sutil o bastante? 
- Eu também não esqueci você.
- Isso é fato, afinal, foi você quem veio aqui.
- Só queria botar a conversa em dia, quer um chá gelado? Sei que você gosta.
- Gostava, ficou meio amargo depois de um tempo, assim como você. Licença, você está me atrapalhando a regar as flores.
- Desculpe.
- Tudo bem, é só chegar um pouco para o lado.
- Não, me desculpe por ter partido.
- Você teve que partir… A cidade já não era boa.
- Não, desculpe por ter partido seu coração.
- Ah, isso? Tudo bem, me dê mais sete anos e eu esqueço.

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