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quinta-feira, 22 de setembro de 2011


Engraçada a maneira como as coisas aconteceram entre a gente, não acha? Não, nenhum pouco. Porque não? Não foi você quem ficou tremendo a noite inteira depois daquele beijo. É, e não foi você quem ficou esperando uma semana por uma explicação. E precisava explicar, guria? Acho que eu deixei as coisas bem claras, naquele momento. Recapitulando - a gente estava conversando, tu te virou, me beijou e fugiu. Qual é a parte clara nisso tudo? Ué, o beijo. Então porque fugiu? (…) Não vai me responder, garoto? Calma, tô pensando. Também não sei porque fugi, talvez por medo. Medo? Medo de quê? Não é óbvio, garota? Não, nenhum pouco. Tu nunca é óbvio. Medo de você. Eu retribui o beijo, porque tu teve medo depois disso? Sei lá, porque… Porque eu sabia no que aquele beijo ia se transformar. No quê? Nisso. E tu acha isso ruim? Acho apavorante, mas ruim, não. (…) Não me entendeu, né minha menina? Sinceramente, não. Eu virei teu prisioneiro, me apaguei à ti e não vejo forma de escapar. E daí vem a pior parte - mesmo se eu soubesse como fugir, eu não o faria. Por isso fugi naquele dia, porque sabia que não teria mais oportunidades. E se eu te der oportunidade agora? Eu fico, se tu ficar. Eu fico, se tu ficar. Então, a gente fica. Até o sol se pôr? Até o dia que ele esquecer de brilhar. Ana F (salt-waterroom)

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