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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

ultimo ato.


Chaplin disse que a vida era uma peça de teatro. Eu discordo, afinal, onde estão os espectadores nos momentos em que mais precisamos? Onde está a platéia na hora do nosso drama? Foi embora. E o palco... solitário. Apenas o artista principal e o seu enredo. Mais nada! Nada!  O roteiro é só dele. Ele é todos os personagens, está em todos os cenários. Sozinho! É, talvez os dramas deixem a platéia tão penosa que eles não suportam vê-la até o fim. Se compadecem tanto, que deixam o ator ficar com ela para si. Só. Cansado. Sobrecarregado. E só! Primeiro ato, segundo ato, terceiro e último. Não ocorre o mesmo com as comédias. Ora, e quem quer chorar quando se pode rir? Ninguém. Mas e o ator... continua só! Sofrendo sua dor de eterno personagem. Não! Peça sem espectador não existe! É, talvez Chaplin estivesse errado.

( Autora : Melissa Vasconcelos )

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